domingo, 29 de outubro de 2017

Super Imunidade - Dr Joel Fuhrman

Em Maio, quando fui ao Porto, tive, claro está, de passar pela livraria Lello (alerta: POTTER GENERATION). Já andava para comprar há uns tempos um livro sobre alimentação. Não de receitas, mas de alimentos que nos façam bem. Que nos dêem aquilo que precisamos para não ficarmos tantas vezes doentes.

É que já estava cansada sabem? Qualquer constipação para mim demorava cerca de uma semana a passar. Já para não falar dos benurons, dos brufens, griponais, antihistaminicos, etc etc. E nos últimos anos, anos esses ainda aqui passados nestes blogues ( ver aqui ) as otites começaram a aparecer. Infeções na laringe mais frequentes. E toma de ir ao médico e de me darem logo antibiótico. Este ano arranquei dois sisos. 4 caixas de antibiótico em 2 meses. Já para não falar das minhas infeções urinárias anuais/bi-anuais, que independentemente dos cuidados de higiene que tivesse, apesar de baixar a incidência, persistiam. Ah, e claro, essas só passam com antibiótico.

Mas pronto, já chega de falar em todas as razões que me levaram a comprar o livro.
E vou começar a falar daquilo que eu mudei, desde que li este livro.

Mas vou já dizer-vos, a última semana não contou. Na realidade, tenho andado a tentar pôr me outra vez nos eixos. 'Passito a passito'.


1. Comecei a dar mais importância ao pequeno almoço. 

No início pensei em seguir as receitas do livro de pequeno almoço mas....
Pois é, a primeira receita ficava-me, financeiramente falando, a 20€.  E como não ganho para isso... Desisti logo dessa ideia. 
E pensei em algo que eu gostasse, que tivesse pouco açúcar, mas algum, e com algum conteúdo calórico para me aguentar as primeiras horas da manhã. Mas não em demasia, porque não consigo comer muito pela manhã. Assim, o meu pequeno almoço consiste em:
Caneca de chá s/ açúcar ou sumo de laranja ou caneca com café c/ açúcar ou mel + papa de aveia com água, bagas de cranberries, sementes de girassol, colher de manteiga de amendoim e canela ou metade de um abacate no forno com ovo no meio ou panqueca de aveia com banana.
A minha amiga nutri perguntou-me se a aveia não me dava volta aos intestinos. A mim não dá. Mas eu também ia poucas vezes fazer a necessidade n' 2 ( btw, já viram o novo vídeo da bumba? Ahah). Agora é diário 🎉🎉.

2. Tento integrar mais frutos secos na minha dieta. 

Assim, além de os comer ao pequeno almoço, como a meio da manhã. Com iogurte. Como adoro sementes de girassol lá vão elas. 

3. Tento integrar mais leguminosas na alimentação. 

Assim, todos os pratos principais (almoço/jantar) levam legumes ou, como no livro ele está sempre a chamar, alimentos ricos em fitoquímicos. 
Ao almoço não faço restrição nenhuma na alimentação. Adiciono apenas uma salada ( que antes era demasiado preguiçosa para fazer). Ao jantar, basta-me um bom prato de sopa com uma peça de fruta. As vezes como um mini prato - principalmente se a sopa for leve - com pimentos, feijão, cogumelos, atum, ovo, o que eu quiser :)

4 - Aumentei as minhas horas de sono. 
8h diárias de sono fazem maravilhas. Sério.

5 - Quando vem uma constipação... Comprei chá de sabugueiro.

Faço e bebo várias vezes ao dia. No primeiro dia parece que estou a morrer. No 2' dia, de ressaca. Mas, ao 3' dia, já não estou doente.
Se estiver muito congestionada, a ponto de não conseguir dormir, tomo antihistaminico. Porque, segundo o livro, uma boa noite de sono, compensa os possíveis efeitos secundários deste tipo de medicamento no nosso organismo.

Somos aquilo que comemos. E não sou nenhuma especialista em alimentação. Mas sinto-me bastante bem com estas pequenas alterações. E, apesar de saber que não é o objetivo da maior parte das pessoas, mantive o meu peso (tinha medo de perder).

Além de que cada um leva a sua própria lição daquilo que lê.

Mas este livro, apesar de não ter concordado em absoluto com tudo, vale a pena ser lido.
O próximo do género será, possivelmente, sobre o intestino (yap, leram bem... intestino) ou o 'cérebro de farinha'.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

(...)

Merda....

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

É engraçado como olhando para trás, percebo que deixei de escrever tanto no blogue, não por falta de criatividade, vontade... ou sei lá o quê, mas porque já tinha alguém a quem contava tudo.


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Vantagens de voltar a ser solteira #1

#1 Adeus infeções urinárias. Até nunca mais.


domingo, 22 de outubro de 2017

Toda a gente sabe...

Que uma coisa má nunca acontece sozinha.
Confesso-vos, cresci muito nestes 5 anos. Cresci em conjunto. E esperava continuar a crescer. O que não vai acontecer, e não por escolha minha. Custa muito. Ter tanto amor por alguém, e esse alguém deixar de o ter. É a história do costume.
Como é que se olha para essa pessoa, sem poder fazer tudo aquilo que apetece fazer?
A sério... uma parte de mim parece que está a aprender toda uma série de coisas.
Mas essa... essa só de imaginar é como se alguém me rasgasse o coração em mil.



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Um pequeno elefante

Eu sei que é um cliché, mas...
Sabem quando vos aparece alguém, quando menos e quem menos esperam, que de certa forma vos mostra que ainda há uma pequena e forte luz?
Se calhar não sabem.
Pensando bem... não me lembro de me ter acontecido muitas vezes. Às vezes sim.

Eu não sei se a Dª. Bruna percebeu que estava num dia não.
Mas aquelas palavras de " é muito simpática " e a lembrança que me deixou, encheram-me o coração de tal forma que quando a porta bateu, vieram-me as lágrimas aos olhos.

A minha mente desconfiada pensou numa data de cenários. Desde a: "mas será que ela roubou aquilo?" a " deram-lhe aquilo, ela não gostou e está a passar a outro" até a " tem um microchip integrado com escutas lá dentro".

Mas prefiro acreditar que foi um presente puro. Aliás, é nisso que acredito.
Que ao fim do dia me soube imensamente bem.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Ainda sobre ontem...

E agora já não com as lágrimas a correrem-me pela cara.
A minha irmã disse-me para acompanharmos todo o processo do funeral. Porque agora, cada vez mais, é algo que vai acontecer, e que temos de saber o que fazer.
Assim foi.
Claramente não fui preparada em formação cívica para aquilo.
A manhã de ontem começou pela retirada das ossadas. Em síntese, a minha avó foi enterrada no mesmo sítio que o meu avô. 
E caramba. 
Nós não somos nada mesmo.
Somos alguém que nasce, vive e morre. E no fim, ficamos reduzidos a um conjunto de ossos. Nem roupas, nem caixão, nada. Só ossos.
Estamos num estado tão efémero que quebrei um pouco por não o conseguir aproveitar da forma que sonhei um dia.



segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Sábado foi embora a minha segunda mãe.
Agradeço a Deus por te ter dado forças para conseguires ver toda a gente. Foste a mais mimada naquele hospital. Toda a gente foi lá para te ver e para tu os poderes ver. E viste. E isso enche-me de paz.
Enche-me de paz saber que o avô estava à tua espera. É uma certeza que eu tenho.
Que já não estás a sofrer. E que agora estás a olhar por todos nós.

Mas não consigo parar o choro.
Porque agora não consigo ouvir a tua gargalhada. Agora não consigo ouvir-te dizer " Estás uma boneca". Porque o meu Natal nunca mais vai ser o mesmo. Porque o meu peito está apertado. O meu estômago embrulhado. E eu só queria que te tivessem dado todo o cuidado do mundo. E não deram.  Queria que não tivesses ido mais de 12 vezes às urgências, para perceberem que tinhas um problema. Não é justo teres sofrido tanto. Não é. E não consigo evitar sentir esta revolta.
Querer mandar tudo e todos à merda.

Porque eu quando vim para saúde, queria tratar as pessoas como eu gostava que tratassem os meus. E tu não sabes. Mas às vezes, quando tenho um velhote lá na sala, penso em ti. Para o tratar o melhor que eu sei. E dói muito saber que não te deram o melhor tratamento possivel. Que para eles foste só mais um.

Cada vez que fecho os olhos, lembro-me de tudo o que posso de ti. Tenho medo de perder estas lembranças e de um dia me esquecer da tua voz e da tua cara. Isso aterroriza-me.
Porque não me quero esquecer.
Não me quero esquecer das febres com a toalha fria na testa.
Das vezes que me ias buscar e levar à escola. Dos almoços.
De quando me ralhavas por andar a estragar o jardim ou a 'lavar os pintos'.
De todas as vezes que me " tiravas o cobrante". Ou mesmo sempre que era obrigada a ver o João Baião tarde, após tarde.
Não me quero esquecer das vezes em que nos davas um prato de arroz para podermos atirar na procissão. Ou do dia de finados, quando chegávamos lá a casa para despejar os sacos.
Das tardes a comer bolachas de água e sal com água e açúcar. Dos gomos de açúcar amarelo que sempre que posso ainda roubo.
Ou de quem me garantiu que nas novelas aquilo eram tudo efeitos especiais e que os beijos a sério não existiam.
Do " Não te preocupes filha, que eu também já fui muitas vezes cortada", antes da minha operação.
Ou quando mentiste à minha mãe, para me protegeres e tentares evitar que eu levasse uma sova.
Das tuas iscas de fígado, aquela batata frita, o ovo estrelado, o teu cozido ou o feijão com couve. Os nógados ou as filhós. Nunca ninguém as vai voltar a fazer como tu.
Queria voltar a ser criança só para te poder ter como avó outra vez.

Mas isso não é possível.
E um pedaço de mim partiu.
És a minha avó preferida. Vais ser sempre.

" Deus te dê sempre saúde e ajuda para conseguires ser feliz"
Eu não sei se vou conseguir.
Espero que sim.
Obrigada por tudo avó.
Não sabia que melhor forma de dizer tudo sem ser a escrever.

Lembraste quando eu te tentei ensinar a escrever? E a V. a seguir?
Sabias bem. Era preguiça.

Descansa. Mas dá um olhinho por nós está bem? Sempre foste a cola desta família.
Eu vou ficar por cá, a tentar não esquecer da última vez que senti calor em ti e da última vez que te apertei a mão.

Obrigada por tudo. Por todo o amor que me deste. Por toda a paciência. Por me ensinares. E porque parte de ti ainda vive em nós.