segunda-feira, 10 de junho de 2019


sexta-feira, 7 de junho de 2019

Roteiro de viagem - Barcelona 5 dias!

Porque desde que comecei a ganhar o meu próprio dindim, que tomei a decisão de fazer uma viagem todos os anos. É o segundo ano consecutivo em que consegui fazer isso. E agradeço muito por tê-lo conseguido fazer até agora.

Não consigo ficar sem conhecer um sítio novo durante muito tempo, sem me sentir deprimida.
E estava mesmo muito a precisar desta viagem. Para parar de pensar.

Mas, vamos ao que interessa, certo?

Este é um roteiro de viagem para 5 dias em Barcelona, gastando o mínimo e visitando o máximo possível.
Foi a minha experiência. Nem tudo correu bem, confesso - na medida em que nem tudo o que queria ver, vi. Mas faz parte.

Dia 1: Raval

Apanhámos um voo cedinho de Lisboa. Voámos pela Vueling e correu tudo super bem. Super pontuais. Com a diferença horária, chegámos lá ao 12h.
Ao chegar ao aeroporto de Barcelona, seguimos as indicações em direção à saída. Apanhámos o Airbus - também super rápido, sem grande tempo na fila para entrar. Até à paragem onde ficámos, foram uns 40 min de viagem.
Tínhamos comprado o bilhete antecipadamente (o que aconselho, tendo em conta a fila que havia para comprar bilhete). Dentro do Airbus há folhetos com descontos que valem a pena.

No nosso caso, alugámos um quarto na zona do Eixample, perto de uma das paragens do Airbus. Caso não seja o vosso caso, e se não quiserem recorrer a serviços mais caros como taxis, também podem apanhar metro.

Depois de nos perdermos um pouquinho, fazermos check-in, e de almoçarmos, passámos a tarde a passear pelo Raval.
O Raval era o bairro conhecido por drogas, prostituição, crime...
Ainda continua, mas aparentemente só de noite.
Cuidado, principalmente nesta zona, com os carteiristas!

Sabendo o que sei hoje, provavelmente não teria visitado o Raval. Isto porque, sinto que Barcelona tem muito mais a oferecer. E o Raval, não foi nada de especial. Tê-lo-ia substituído por, por exemplo, uma tarde no parc ciutadella.

Gato de Botero, Rambla del Raval

Dia 2: Gaudi

Dedicámos este dia a conhecer a obra de Gaudi por Barcelona.
O dia ia mais ou menos estruturado, porque todos os bilhetes tinham sido comprados antecipadamente (tudo através dos sites oficiais), e tínhamos horário de visita marcado para tudo.

Iniciámos o dia indo para a Sagrada Família de metro. Comprámos o bilhete T-10, que basicamente consiste em 10 bilhetes que podem ser utilizados em metro ou autocarro e! não são unipessoais. Ou seja, 2 pessoas podem partilhar o mesmo cartão.
La sagrada família custou 23 € que valeram completamente a pena. Ia com expectativas muito altas e, mesmo assim, foram superadas.
A nossa visita incluiu audio-guia (vale a pena, porque acabam por tomar mais atenção à obra de Gaudi e perceber que nada ali se encontra por acaso). Demorá-mo-nos cerca de 3 horas lá dentro.
Tínhamos levado almoço, e ficámos no parque em frente a merendar. Seguimos depois por metro para a próxima atracção turística: Casa Batlló!

La Sagrada Família

Chegando à casa Batlló...foi uma desilusão PORQUE, a fachada principal estava em obras e completamente tapada.
A fila de espera não foi muita para entrar, e ficámos lá dentro cerca de uma hora.
O audio-guia estava incluído no bilhete (o nosso foi o blue ticket).
Por dentro, a casa não desilude. A arquitectura aliada à praticabilidade da casa, faz de Gaudi um super génio.

Casa Batlló, entrada para o jardim

Apanhámos o metro para a paragem Alfons X, onde, logo à saída, está o autocarro do Parc Guell.
Não tivemos que esperar para entrar. Estes autocarros saem de 15 em 15 min desta paragem em direção ao parc, e tendo em conta que é sempre a subir e que está incluído no bilhete, vale a pena!

Uma grande parte do parque é de acesso livre (se não a maioria). Contudo, a entrada para a zona dos edifícios arquitectados pelo nosso amigo Gaudi, é paga. Se vale a pena? Na minha opinião sim. Não foi o parque mais bonito que vi na vida, mas acho que a experiência de Gaudi não fica completa sem esta visita.

Parc Guell

Ao voltar, optámos por ir no mesmo autocarro com paragam na Alfons X. De lá, apanhámos um autocarro (Google Maps, grande amigo, sempre nos disse qual o autocarro certo a apanhar, nunca nos enganou!) para a zona da Lesseps, e fomos para fazer um itinerário que incluiu a Casa Vicens, a Plaça de La Vila de Gràcia e por fim, a Casa Milá. Estas duas casas vimos apenas a fachada exterior.
Optámos por visitar ou a casa Batlló, ou a casa Milá, por uma questão de budget. 

Fachada da frente Casa Vicens


Dia 3: Bairro Gótico

Choveu peeps. Choveu para chuchu. O dia todo. Tínhamos uma 'free walking tour' agendada para as 11h. Foram 2h 30min à chuva, de ténis e casaco primaveril. Apesar de ter ficado com os pés em água, a tour foi espectacular. A nossa guia foi incrível.
Foi a primeira vez que fiz uma tour do género. Passeámos pela Plaza Reial, Catedral de Barcelona, Plaza Sant Felip Neri...Apesar do tempo de bosta, a nossa guia fez-se ouvir super bem, explicou-nos a história da cidade de forma super cativante. Adorei mesmo a experiência. No final da tour, cada um deu o que quis de pagamento à guia. Ela ainda nos passou um e-mail com uma lista de restaurantes e locais a visitar.

O site que usei para reservar a tour: https://freewalkingtoursbarcelona.com/en/



Catedral de Barcelona


Dia 4: Montserrat, Parc de la Ciutadella & Port Vell

Como no dia anterior ficámos com a tarde 'estragada', fomos forçadas a encher o 4º dia. Preferimos visitar pouco tempo, mas mais locais.

O dia começou com uma viagem de comboio para Montserrat. Fomos de metro até a Plaça de Espanya. As indicações para Montserrat estão bem visíveis e basicamente é só seguir as setas.
Apesar de termos feito a compra antecipada, foi necessário trocar por um bilhete físico.

A compra dos bilhetes foi feita pelo site oficial: https://tickets.montserratvisita.com/

Optámos pelo bilhete: 'All Montserrat', que incluiu o bilhete de comboio, da 'cremallera', do funicular de Sant Joan e o Buffet (que já agora, vale a pena. Mas convém ir cedo, porque a fila é grande).

 A viagem de Barcelona até Montserrat demorou cerca de 1h.
Foi um dos pontos altos, para mim, da viagem. A vista é brutal. Com mais tempo, provavelmente, teria feito um dos trilhos pedestres sugeridos no local.


 Monestir de Montserrat

Depois do almoço seguimos de volta para Barcelona, porque não queríamos deixar esta cidade sem visitar a Boqueria e o Parc de la Ciutadella. A boqueria é interessante. No seu conjunto não é mais do que um mercado típico, com comida e bebida da região.

Seguimos a pé para o Parc, passando pelo Museu Picasso, e por algumas ruas muito bonitas/típicas.

 Arco do Triunfo

                                                           Cascada del Parc de la Ciutadella

O parc é gigante. Tem imensas pessoas, de todos os géneros, etnias e religiões. Adorei.

Seguimos em direção ao Mercat del Born; Catedral Santa Maria del Mar; Palau de Mar; Port Vell e, terminámos o dia, no conhecido Bosc de Les Fades - um bar com uma decoração muito gira, que nos leva MESMO para um sítio quase encantado. O atendimento não era grande coisa, então, optámos por ir jantar a outro sítio.

Como estávamos super cansadas, fomos de autocarro para zona do restaurante (que não era muito longe). Não foi muito caro, as doses eram bem servidas e o pessoal foi bastante simpático. Foi o sítio com melhores tapas : Bar jai-ca. Tivemos que esperar uns 20 minutos para ter mesa.

  Catedral Santa Maria del Mar
                                                                                              Port Vell

Dia 5: Montjuic

De metro até à paragem 'Paral-lel'.
Esta paragem fica na zona do Raval. Eu fui a última a sair da carruagem do metro. Três carteiristas aproveitaram-se do facto de eu ter ficado 'isolada' para me tentarem assaltar nas escadas rolantes. Não tiveram sucesso, e a mim valeu-me o susto.

Conselhos além de terem as malas bem fechadas... evitarem ficarem 'isolados'. E 'ar de estou na boa e sem pressas' é para esquecer. Movimento gente!

À parte deste pequeno quase incidente, saindo da estação de metro têm logo o teleférico de Montjuic.
Optámos apenas por 'subir' no teleférico até ao Castelo de Montjuic. Como era o primeiro domingo do mês, a entrada foi gratuita.

Teleférico de Montjuic

                                                                  Castelo de Montjuic


                                                                                     Vista do castelo

 Almoçámos num bar dentro do Castelo e depois começámos a descer até à plaça de espanya, passando pelo MNAC e fontes mágicas de Montjuic.

Fonte mágica de Montjuic com MNAC atrás

A caminho de casa, passámos ainda pelo Parc Joan Miró (que não achei nada de especial).

Depois foi ir a casa buscar as malas e apanhar o Airbus de volta para o aeroporto (tendo atenção que, na volta, há o Airbus T1 ou T2 (têm que saber o terminal do vosso voo, e apanhar o autocarro correspondente).


Gastos:
135 € voo LIS-BAR ida e volta
10,20€ Airbus ida e volta
10,20€ T-10 metro/ autocarro
23€ - Sagrada Família
25€ - Casa Battló
10 € - Parc Guell
50,95€ - All  Montserrat
8€ - Teleférico Montjuic
104 €  - Quarto Airbnb

Por dia devo ter gasto uma média de 20 € na alimentação (20x5=100€).

Total, aproximado: 476,35€


Para visitar ficou o monte Tibidado, a Casa Milá, o palácio da Música, o Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, as fontes mágicas de Montjuic à noite, Girona...

Barcelona tem imenso para ver. Uma história fantástica e cultura em todo o lado. Seria possível dedicar um dia apenas a visitar museus. Gostei muito.
O povo catalão foi sempre simpático connosco. E a comida não é má.

Hasta luego Barcelona.

Vista do Funicular St Joan

quinta-feira, 16 de maio de 2019


domingo, 31 de março de 2019

Livro do mês #2 O Santo, o surfista e a executiva

Acabei o livro no início de Março. Eu sei, é quase Abril. Mas para mim 2018 foi ontem.
E não sei onde passei o último trimestre.

"O Santo, o Surfista e a Executiva" de Robin Sharma, comprado por impulso na última feira do Livro em Lisboa. Porque (1) estava a... 4€? (2) porque quero ser uma pessoa melhor? e (3) porque adorei...ADOREI 'O monge que vendeu o seu ferrari.

Mas este livro do Robin está longe de ser tão bom.
Para já, há inúmeras coisas com as quais não consigo concordar - o que não fará o livro ser menos bom para a maioria, como é óbvio.
Mas não é só isso.
É a história que não tem grande nexo.
Enquanto que no livro "d'O Monge" existe uma boa história de base que consegue avançar com a transmissão da mensagem/lição, aqui não.
Aqui é muito fraquinha a história de base. As lições parece que se repetem, umas dentro das outras.
Quase como aquele provérbio português "pescada de rabo na boca", em que escreve, escreve e escreve e diz a mesma coisa, sabem?
Se às vezes faz falta para explicar certos conceitos, neste livro, sinto que isso foi feito em excesso.

Do que mais gostei:
 " não há coincidências. O mundo é um radar em ponto gigante, que deteta as nossas necessidades de crescimento e depois nos envia as respectivas pessoas e acontecimentos para promoverem esse mesmo crescimento"


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Livro do mês #1 Retrato de Dorian Gray

Porque me decidi a ler, pelo menos, um livro por mês.
Porque tenho uma pilha de livros para ler desde Abril do ano passado. Sério. Uma pilha. É que veio a feira do livro, e uma pessoa olha para tantos livros a tão bom preço que não resiste.

Não resiste à curiosidade da história. Ao cheiro de livro novo. 
' O retrato de Dorian Gray' cativou-me por 'já ter ouvido falar' e por (aprendi só depois) ser considerada a melhor obra de Oscar Wilde - dramaturgo do séc XIX.

Tinha a expetativa de um livro bem mais descritivo.  Mas não o é. Apenas houve um capítulo que me aborreceu de sono. E bem no final.

A história é cativante desde o início. Os diálogos puxam-nos para dentro do livro. E a narrativa toma um rumo que ninguém, mas NINGUÉM está à espera.

É óbvio que é importante ter em conta o contexto histórico em que foi escrito. Penso que seja por isso mesmo dada uma introdução no início a Oscar Wilde como sendo " criador do movimento dândi, que defendia o belo e a beleza como um antídoto para os horrores da época industrial".

Essa obsessão pelo belo corre ao longo das páginas do livro, em frases como:

"A mocidade é a única coisa que vale a pena ter. Quando eu vir que envelheço, mato-me";
"Para mim a Beleza é a maravilha das maravilhas. Só as pessoas banais é que não julgam pelas aparências".

Para mim, uma das melhores cenas é sem dúvida o final.
É daqueles finais que eu fico sem saber bem o que autor quer transmitir. E que acaba por dar liberdade a quem lê de tirar a sua própria conclusão.

Se formos aos primeiros capítulos:

" Corpo e alma, alma e corpo - que mistério! Havia animalismo na alma, e o corpo tinha os seus momentos de espiritualismo. Os sentidos podiam requintar-se e a inteligência podia degradar-se. Quem poderia dizer onde findava o impulso carnal ou começava o impulso psíquico?"

Dorian, de certa forma, acaba por responder à questão na última página.

E agora, estou bem curiosa para ver o filme.

domingo, 27 de janeiro de 2019

2018 #2

Não vou dizer que foi um bom ano. Mas melhor que 2017.
Não posso ser injusta com o ano passado.
Apesar de tudo.
Tive um aniversário muito feliz.
Umas férias de Verão como já andava a querer ter há muito tempo.
Conheci os Açores. Conheci Braga.
Passeei o quanto pude.
Estive o tanto que pude com as pessoas que mais gosto.
Fui ao RockInRio pela primeira vez.
Consolidei algumas amizades. E acho que posso dizer que não perdi nenhum amigo. Apesar disso ainda ser uma incerteza que me pesa muito.
Comecei a fazer mais coisas no trabalho. Coisas diferentes que me fazem aprender mais.
Atingi alguns objetivos a curto prazo que me tinha proposto.

Em 2018 tentei conhecer-me mais. De certa forma sempre soube aquilo que nunca parecia saber. Mas continuo sem ter objetivos traçados.
Não sei ainda como me realizar. Se é que isto faz algum sentido.

Em 2018 puseram-me o tapete e tiraram-mo quando estava pronta a levantar-me, só para cair de novo. E desta vez foi pior. Desta vez não me permiti ao desabafo com ninguém. E não estou de todo arrependida, porque acredito que não o podia fazer. Não depois de ser avisada. Mas senti-me mais sozinha do que achava ser possível.
Desta vez, foi o saber que era para sempre. A incerteza se perdia ou não uma amizade. Foi fazer-me acreditar em coisas que não queria crer.
E sinceramente...o pior é saber que o pior ainda não passou.

2019 não começou da melhor forma. É como se eu já soubesse que este ano não vai ser bom, portanto, para quê o esforço?
Irrita-me este negativismo e estou ansiosa para que passe.