segunda-feira, 28 de março de 2016

As coisas têm que ter uma razão... não têm?

Eu sei. Eu sei que muita, mas muita gente não acredita em Deus. Eu acredito. E quando estou aflita, é com ele que falo. De forma informal, como se estivesse num café. E sim, ele responde-me. Se calhar é só uma voz na cabeça. Se calhar, sou eu que imagino. Não importa. Eu acredito. O resto não tem interesse.
O argumento mais comum das pessoas que não acreditam, tende a ser que, se Deus existe, porque é que existem crianças a morrer, desastres naturais, ataques terroristas? O argumento mais comum dos que acreditam tende a ser que Deus apenas guia e nos dá o livre arbítrio.
Ahm. Já foi o meu argumento. Já não, já não faz sentido.
Talvez um meio termo.
Talvez Deus seja a energia mais pura que nos guia. Que nos dá de alguma forma força. Mas que por vezes faz uso da famosa frase de 'Os fins justificam os meios'.
Não faço ideia.
Uma vez falei com uma auxiliar de saúde sobre Deus. Ela disse-me que costuma acreditar em Deus. Mas que o neto tinha nascido com Síndrome de Down. E que desde então a sua fé nunca mais tinha sido igual.
Não me lembro bem da conversa, porque já foi há algum tempo. Lembro-me do que lhe disse, que serviu de ponto final ao nosso diálogo. "Deus só nos dá aquilo que sabe que conseguimos suportar".

Eu agarro-me muito a essa frase.
E tento acreditar que tudo tem um sentido. Que tudo acontece por uma razão. Mesmo que eu não a entenda agora. Que as coisas estão a ser feitas para o meu bem.
Mas mesmo assim...custa tanto.

Custa sentir que não dá mais. Que a dor nos suga a alma de forma a nos encontrar completamente impotentes.
E que isso tem razão de ser.

Mas se as coisas não forem assim. Se tudo acontecer por um acaso. Então deixa de fazer sentido. E torna-se muito mais fácil desistir.

quarta-feira, 2 de março de 2016


B-day approaches

A minha mãe perguntou-me o que queria para os anos.
"Uma viagem de ida" - respondi eu.

Mandou-me calar.