1º de Maio, vamos comprar as coisinhas de necessidades básicas, leia-se, comida para a semana, ao pingo doce local. Chegamos e só se vêm, desculpem se ofendo etnias, ciganos. Entramos, e eu pergunto-me se haverá fila para entrar naquilo, que havia um agrupamento de pessoas à entrada. Nós damos a voltinha e esquivamo-nos lá para dentro por uma fisguinha. Perguntamo-nos se o mundo está acabar. Se há uma guerra qualquer e a comida vai escassar. Sem perceber o que se passa, dividimo-nos para conquistar! Vai um para a caixa, vai outro à carne e outro ao resto da comida para, apenas, 2 dias. Que tínhamos chegado à conclusão que não íamos conseguir ir ao talho. E era melhor ficarmo-nos pela carne embalada. Para chegar à caixa, era gente com carrinhos, a puxar com a mão uma daquelas caixinhas mais pequenas. Mas acabaram-se os carros. O que não deteve ninguém! Qual quê! Vai de pegar nas caixas que normalmente transportam fruta, nos carrinhos que normalmente estão à entrada do supermercado com caixas de papelão, vai de pegar em qualquer coisa que tenha aspecto de poder transportar coisas. Até! de comprar sacos do lixo para posteriormente colocar lá as comprar. E nisto estamos os 3 e eu reparo num papel a dizer "HOJE paga metade do preço, a partir dos 100€ " AHHHHHH! Está tudo explicado. E ficamos os 3 com um pacotinho de bolachas, de leite, umas almondegazinhas e pães, à espera, na fila para pagar. Todos muito juntinhos e apertados - que não havia espaço. 30 minutos depois, as 2 famílias ( porque nestas alturas telefona-se à mãe, ao irmão, à avó...) que estavam à nossa frente foram atendidas. A senhora que nos estava a atender vermelha que nem um tomate até parecia aliviada quando viu aquilo que levávamos.
E pronto, saímos de lá sem arranhões!
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